As fontes garantem a credibilidade de uma boa matéria jornalística. Durante todo o processo de apuração dos fatos, é necessário que o Jornalista construa elementos que comprovem a veracidade das informações, como a Lei das três fontes na apuração jornalística
Lei das três fontes na apuração jornalística:

– A prática consiste em cruzar informações relatadas pelas fontes para encontrar a versão verdadeira do ocorrido a ser apresentada na matéria.
– A escolha das fontes deve estar de acordo com o enfoque definido durante a elaboração da pauta, para despertar interesse do público-alvo que o Jornalista quer alcançar.
– Quando lei das três fontes descrevem pontos semelhantes diante do mesmo fato apurado, esta versão é tomada como verdadeira. É importante proporcionar ao leitor, conteúdo que seja suficiente para que ele crie uma opinião pessoal.
– Ainda que o intuito principal seja atender as necessidades do veículo em questão, o Jornalista precisa pensar como a sua matéria será útil ao leitor de alguma forma.
– É importante garantir que as fontes escolhidas sejam de origens distintas e não se conheçam. Isso porque o relato de cada personagem deve representar um ponto de vista ou descrição diferente.
– As fontes precisam ter ligação direta ou indireta com o fato a ser apresentado, para garantir o comparativo entre os dados.
– Confirmar tudo no final da apuração, fazendo o conteúdo a ser apresentado como verdade.
Classificação das fontes
As fontes podem ser pessoas, instituições ou documentos, e seu grau de confiabilidade pode variar de acordo com as circunstâncias em que se apresentam.
Fontes oficiais, oficiosas ou independentes:
– Oficiais: São instituições mantidas pelo Estado, empresas, e organizações como sindicatos e associações.
É comum não estarem mencionadas junto aos dados que fornece, por serem consideradas as mais confiáveis.
Informações desta origem são tomadas como verdadeiras.
– Oficiosas: Tem ligação reconhecida com instituições, organizações ou empresas, mas expressa interesses particulares.
Por não ter autorização para falar em nome da entidade em questão, pode ser protegida pelo anonimato.
Há também a possibilidade da informação coletada ser desmentida.
– Independentes: Não tem relação de poder nem interesse específico como as fontes oficiais e oficiosas.
Também são chamadas de não-governamentais.
A dedicação desse grupo para favorecer seus ideais coloca sob suspeita os dados apresentados, criando a necessidade de maior atenção para validar essas informações.
Fontes primárias ou secundárias de informação:
– Primárias: São fontes que irão fornecer as informações essenciais sobre a matéria em questão.
Estão relacionadas diretamente com o ocorrido, e podem descrever sua versão.
– Secundárias: São fontes consultadas durante a preparação da pauta.
Podem ser dados já existentes para consulta, ou especialistas de determinado assunto, que ajudam a definir o enfoque da matéria.
Não esqueça de estudar o comportamento de sua fonte.
Algumas declarações podem se perder em meio a questões emocionais que envolvem o fato investigado.
Na hora de escrever a matéria, o Jornalista deve deixar de lado sua opinião, para poder destacar as frases de maior valor informativo, de acordo com o enfoque idealizado.
Siga seu instinto jornalístico para conseguir coletar as informações mais importantes, focado em descrever sua matéria da maneira mais simples e direta.
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