O jornalismo investigativo é a prática da reportagem dedicada à revelação de fatos ocultos do poder público, seja o poder institucional ou não.
Sendo assim, o jornalismo investigativo é de grande importância para a transparência do Estado e o compartilhamento de informações.

Como funciona
O processo de investigação, seja ele independente ou não, necessita de recursos. Esses recursos podem ser entrevistas, acesso a bancos de dados ou auxílio de profissionais, como advogados, delegados e cientistas. A partir da utilização desses recursos, é realizada a coleta dos dados.
Sobretudo, os dados não produzem informação. Para haver informação é preciso haver análise. Por exemplo, a quantidade de pessoas que são mortas por arma de fogo não informa a população, o que irá informar é a relação dos dados de morte com as motivações do assassino (preconceito, roubo, violência policial, etc) e os locais.
Assim, podem entender como e onde o sistema de segurança está falhando.
Por isso, é importante compreender que o jornalista investigativo precisa de um olhar crítico sobre a realidade. Além disso, é preciso cuidado do jornalista para tratar o assunto com a delicadeza necessária.
Por que é importante?
Uma das maiores falácias do jornalismo é que a sua principal função é produzir informação. Se fosse verdade, até o dono do carro do ovo seria jornalista, visto que ele informa que esta vendendo ovo e seus valores.
No entanto, a verdadeira função do jornalismo é construir a realidade, indo contra a teoria do espelho. Por isso existe o código de ética, para usar esse controle a favor do público e de pessoas que têm ausência de poder.
Sendo assim, no Brasil, o jornalismo investigativo vai ser a melhor ferramenta para mostrar como os três poderes estão usando esse poder, seja em melhorias para a população, ou não.
É o jornalismo investigativo que vai revelar para a população brasileira os motivos para se manifestar contra ou a favor de uma política pública ou falta dela.
Além disso, uma produção de jornalismo investigativo pode levar a necessidade de produzir outra reportagem.
Usando o exemplo citado anteriormente, no caso de mortes por homicídio por arma de fogo, pode acarretar em uma reportagem sobre feminicídio, investigação sobre o armamento da população, violência policial e a falta de recursos para os setores de segurança pública.
Para saber mais sobre produção de reportagens, continue acompanhando a Academia do Jornalista! Em breve um curso sobre Jornalismo Investigativo na nossa plataforma de cursos, Jornalista Pro.